Flavio Cruz

Naquela manhã de maio


Naquela manhã de maio havia flores por onde quer que eu andasse. Havia sorriso nas faces e essas se enchiam de luz. Havia leveza no ar. As fontes jorravam água, mas parecia que era felicidade que estavam a jorrar. Pessoas, com gestos de amor, ajudavam-se umas às outras. Os velhos pareciam mais jovens e esses pareciam mais sábios do que podiam ficar. Havia muitos ajudando a outros e outros que procuravam alguém para ajudar. Era como se uma força irresistível para fazer o bem, estivesse afetando os seres todos de toda a parte. Até a natureza estava de conformidade. Uma brisa e uma temperatura amena havia em todo lugar. As cores estavam mais vivas do que costumavam estar. Acho, até, que havia um suave aroma se espalhando pelo azul infinito do céu. E o céu estava se enchendo de um deleite sem par.
Por um momento, então, pensei que a maldade não mais existisse, e que tudo, para sempre assim fosse ficar. Com medo que esse momento passasse, passei a multiplicá-lo, repassá-lo, dentro de mim, numa insensata esperança de torná-lo incessante, eterno, perpétuo, perene, imortal.
E, agora, estou assim, parado, perplexo, atordoado, embasbacado, perdido nesse momento, interminável, nesse instante sem fim...

Todos los derechos pertenecen a su autor. Ha sido publicado en e-Stories.org a solicitud de Flavio Cruz.
Publicado en e-Stories.org el 29.05.2015.

 
 

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