Flavio Cruz

Deu um branco

Deu um branco
 
Deu um branco. Já aconteceu com qualquer um de nós. É verdade que, com a idade, a ausência de cor, vai, pouco a pouco, sendo a dominante. Existem, porém, doenças e acidentes que podem deletar tudo, mesmo numa tenra idade. O que é uma mente sem lembrança nenhuma? Não sabemos, não dá para saber. Talvez seja a própria pureza, talvez seja uma forma de infinito, onde o tempo e o espaço não se contam. Talvez seja, finalmente, o encontro com Deus. Talvez não seja nada, nada mesmo, como se tivéssemos morrido.
É por isso que gosto de escrever. Se o vazio invadir meu cérebro, se tudo for deletado e minhas sinapses entrarem em colapso, tenho esse consolo. O que fui, o que deixei de ser, vai estar escrito por aí, em algum lugar. Nem que não houver ninguém lendo, ainda assim, isto vai ser parte de mim. Sim, isto vai ser o meu espírito, rudimentar, escrito em prosa e verso, pairando em forma de perdidas palavras, pelo ar, para quem quiser ouvir...

Todos los derechos pertenecen a su autor. Ha sido publicado en e-Stories.org a solicitud de Flavio Cruz.
Publicado en e-Stories.org el 31.01.2018.

 
 

Comentarios de nuestros lectores (0)


Tu comentario

¡A nuestros autores y a e-Stories.org les gustaría saber tu opinión! ¡Pero por favor, te pedimos que comentes el relato corto o poema sin insultar personalmente a nuestros autores!

Por favor elige

Post anterior Post siguiente

Más de esta categoría "General" (Relatos Cortos en portugués)

Otras obras de Flavio Cruz

¿Le ha gustado este artículo? Entonces eche un vistazo a los siguientes:

O padre francês - Flavio Cruz (Cotidiano)
Amour fourbe - Linda Lucia Ngatchou (General)
Heaven and Hell - Rainer Tiemann (Humor)