Não importa o que pensamos,
o quanto amamos,
o que sabemos.
Somos a matéria em movimento,
partículas sopradas pelo vento,
a vida em andamento.
Um experimento do Universo,
do paralelo o reverso,
inúteis rimas sem versos.
Almas num cérebro vazio,
sensações em que não confio,
uma carga inútil num navio.
Somos o infinito com fim certo,
o finito no céu aberto,
uma caravana no deserto.
Desejos megalomaníacos,
corpos sedentos do afrodisíaco,
uma constelação fora do zodíaco.
Somos um nada sedento de Deus,
fingindo que somos ateus,
tentando atingir o apogeu.
No entanto, cá estamos nós,
tal qual nossos avós,
desatando nossos próprios nós.
E um dia, o fim vai chegar,
e com uma fúria invulgar,
tudo o que somos, vai levar.
Todos los derechos pertenecen a su autor. Ha sido publicado en e-Stories.org a solicitud de Flavio Cruz.
Publicado en e-Stories.org el 04.06.2015.
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