Conta a história que Bartolomeu Bueno da Silva, o grande bandeirante, andava à procura de ouro pelas terras paulistas. Pediu ajuda aos índios em sua empreitada, mas eles não queriam, como se costuma dizer, “entregar o ouro”. O manhoso aventureiro derramou um pouco de aguardente num recipiente e colocou fogo. Disse, então, que ele incendiaria os rios, se eles não lhe dessem a informação. Diante de tal ameaça de destruição, eles cederam e deram-lhe o apelido de Anhanguera, que significa “diabo velho” ((anhang + puera).
Cada época tem seus demônios lançando ameaças contra os mais fracos. Nós também temos os nossos e até sabemos quem eles são. Só não sabemos qual é nossa aguardente e qual é nosso fogo. Quando descobrirmos sua artimanha, já terão tirado nosso “ouro” também. E, talvez, nossos descendentes igualmente os homenageiem, dando seus nomes a bonitos locais. Como nós fizemos com nosso antepassado Anhanguera. Por que nós veneramos nossos algozes? Não sei, não sei...
Todos los derechos pertenecen a su autor. Ha sido publicado en e-Stories.org a solicitud de Flavio Cruz.
Publicado en e-Stories.org el 08.06.2015.
Más de esta categoría "Histórico" (Relatos Cortos en portugués)
Otras obras de Flavio Cruz
¿Le ha gustado este artículo? Entonces eche un vistazo a los siguientes: