Antonio Justel Rodriguez

Terra abandonada



... e não, ninguém mais virá aqui, ninguém mais passará as tardes sob o sol do outono

nem reparará os danos do tempo e do silêncio, ninguém,

nem ninguém se lembrará disso ali mesmo, debaixo das ameixeiras e dos salgueiros,

Eu gerei meu filho;

… o vento vai uivando no inverno, e até os lobos, os corvos e as brumas

passarão feridos pela solidão e irão muito longe,

pois temerão o encontro com a imensa angústia

que exalam as portas e as pedras quebradas, os beirais caídos,

a terra hostil e abandonada;

ninguém encontrará vestígios de uma amendoeira em flor,

ninguém o mar,

ninguém um caminho,

ninguém, ninguém uma luz;

... e se este dano enorme resultar no peito, sem mais delongas, irreparável,

uma ferida de amor, atroz e revivida, apodera-se da sua dor e devasta as palavras.

***

Antonio Justel Rodríguez

https://www.oriondepanthoseas.com
***

Todos los derechos pertenecen a su autor. Ha sido publicado en e-Stories.org a solicitud de Antonio Justel Rodriguez.
Publicado en e-Stories.org el 02.02.2023.

 
 

Comentarios de nuestros lectores (0)


Tu comentario

¡A nuestros autores y a e-Stories.org les gustaría saber tu opinión! ¡Pero por favor, te pedimos que comentes el relato corto o poema sin insultar personalmente a nuestros autores!

Por favor elige

Post anterior Post siguiente

Más de esta categoría "General" (Poemas en portugués)

Otras obras de Antonio Justel Rodriguez

¿Le ha gustado este artículo? Entonces eche un vistazo a los siguientes:

LA FERITA - Antonio Justel Rodriguez (General)
Chinese Garden - Inge Offermann (General)
Pour une fille - Rainer Tiemann (Día de San Valentín)