tenho tantas palavras para dizer nesta manhã
em que outros se esqueceram definitivamente de mim
e penso naquele teu silêncio olhando-me
como se eu as pronunciasse ainda para ti
e envolvesse cada sílaba no suor dos teus dedos
e chamasse ainda à tua boca o sal das dunas
onde me ensinaste um dia
a esperar por tudo o que chegava fora de horas
porque esse ia ser tu o disseste o meu destino
e era preciso estar prevenida
mas as palavras desta manhã têm
diferentes contornos
e aquele estranho sabor
de um corpo que se afastou de nós
nas inesperadas tempestades de agosto
anunciando o inverno para dali a pouco
Todos los derechos pertenecen a su autor. Ha sido publicado en e-Stories.org a solicitud de Alice Vieira.
Publicado en e-Stories.org el 29.10.2007.
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